A cirurgia vem apresentando grande e contínuo desenvolvimento nas últimas décadas. A utilização de novos instrumentos, aparelhos e novas tecnologias tem permitido o tratamento de grande número de patologias de forma minimamente invasiva, transformando a experiência de um procedimento cirúrgico  em algo muito menos traumático e permitindo uma recuperação mais rápida e suave. Mesmo cirurgias de grande porte, como a retirada do útero, tem hoje internações curtas, de 24 a 36 horas, e recuperação para o trabalho que podem ser de apenas duas semanas. 

A partir de agora, Belo Horizonte entra na vanguarda do desenvolvimento tecnológico em cirurgia, grandes instituições de saúde introduziram em seus serviços a cirurgia robótica. Está técnica utiliza-se de complexo equipamento que oferece a equipe de cirurgia braços robóticos e sistema ótico 3D avançado que permitem singular manipulação e visualização das estruturas a serem operadas, Desta forma, possibilitando um trabalho mais preciso e delicado de órgãos e tecidos o que pode permitir a inclusão de maior número de casos nas chamadas abordagens minimamente invasivas.

Em ginecologia os campos que parecem ser mais promissores para a introdução da cirurgia robótica são as cirurgias oncológicas e as cirurgias complexas para o tratamento de endometriose, permitindo , por exemplo, o acesso com maior precisão do retroperitônio, área pélvico-abdominal muitas vezes explorada no tratamento deste tipo de patologia.

O principal fator limitante para o emprego da técnica ainda é o custo. No entanto, com seu uso cada vez mais frequente, é natural esperar que esta tecnologia venha a ser cada vez  mais acessível.

Assim, iniciamos um novo momento, onde as mais modernas tecnologias para a cirurgia minimamente invasiva estão ao nosso alcance e a discussão de seu emprego junto aos nosso pacientes deve ser parte de nossa rotina a partir de agora.